Reumatologia
15 de Abril de 2025

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Procedimentos estéticos em pessoas com doenças autoimunes: saiba o que é seguro e o que evitar

Pacientes com doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide e esclerose sistêmica devem ter cuidados especiais ao considerar procedimentos estéticos. Apesar de tratamentos voltados à aparência contribuírem positivamente para o bem-estar emocional, eles podem representar riscos quando a resposta imunológica está comprometida.

Segundo a reumatologista Dra. Emília Sato, membro da Comissão de Lúpus da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a melhora da autoestima proporcionada pelos procedimentos estéticos pode impactar positivamente até no controle da doença. “Mas cada caso deve ser analisado com cautela, especialmente quando há uso de imunossupressores ou histórico de reações inflamatórias intensas”, alerta.

Riscos que exigem atenção redobrada

Entre os procedimentos que merecem maior cuidado estão os preenchedores, bioestimuladores, implantes de silicone e até tratamentos com laser. Em pacientes com esclerose sistêmica, por exemplo, o uso de bioestimulantes pode acentuar a produção de colágeno e gerar respostas inflamatórias indesejadas. Já pacientes com lúpus, por serem fotossensíveis, precisam de testes prévios antes de intervenções com laser.

. preenchedores podem gerar inflamações ou nódulos em pacientes suscetíveis

. bioestimuladores podem agravar o acúmulo de colágeno em doenças como esclerose sistêmica

. lasers podem desencadear crises em pacientes com fotossensibilidade

. próteses e implantes devem ser analisados quanto ao risco de rejeição ou reações adversas

A Dra. Licia Mota, reumatologista e diretora científica da SBR, reforça a necessidade de acompanhamento por equipe multidisciplinar, com reumatologista, dermatologista e cirurgião plástico. “O segredo está em entender as particularidades de cada doença, escolher o momento adequado e optar por técnicas menos agressivas quando necessário”, orienta.

Com segurança e planejamento, procedimentos são possíveis

A boa notícia é que, com planejamento e avaliação individualizada, muitos pacientes autoimunes podem sim realizar procedimentos estéticos com segurança. O mais importante é que a doença esteja controlada e o paciente seja acompanhado por profissionais capacitados que avaliem os riscos e benefícios da intervenção.

“Mais do que uma questão de vaidade, trata-se de qualidade de vida. Com as informações corretas e o apoio médico adequado, é possível cuidar da aparência sem comprometer a saúde”, finaliza Dra. Emília.

Por Redação Brazil Health

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