Urologia
19 de Fevereiro de 2025

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Vasectomia: Esclarecendo os Mitos e Descubra as Verdades Sobre o Procedimento Masculino

A vasectomia é um procedimento simples e seguro que tem ganhado espaço entre os homens que desejam assumir um papel ativo no planejamento familiar. Apesar da sua eficácia e da baixa complexidade, o procedimento ainda é cercado por mitos e desinformação. O Dr. Ernesto Alarcon, cirurgião geral, esclarece as principais dúvidas e destaca a importância da vasectomia como um método contraceptivo confiável.

Procedimento seguro e crescente adesão

A cirurgia é rápida, realizada com anestesia local e não exige internação. Segundo o especialista, a busca pelo procedimento tem aumentado significativamente, refletindo uma mudança de mentalidade em relação à responsabilidade masculina na contracepção. “Homens que optaram pela vasectomia relatam impactos positivos na saúde, nos relacionamentos e na vida sexual, além de uma maior tranquilidade econômica”, afirma Alarcon.

Mitos e verdades sobre a vasectomia

A vasectomia é irreversível?

Embora seja considerada uma forma permanente de esterilização, existe a possibilidade de reversão. No entanto, esse procedimento é complexo, caro e nem sempre bem-sucedido. “A reversão depende de fatores como tempo desde a cirurgia, técnica utilizada e qualidade do sêmen, por isso a decisão deve ser definitiva”, explica o médico.

A vasectomia causa câncer de próstata?

Esse é um dos mitos mais persistentes. Estudos iniciais sugeriram uma relação entre vasectomia e câncer de próstata, mas pesquisas mais recentes refutaram essa hipótese. Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) afirmam que não há evidências científicas que sustentem essa ligação. “Homens vasectomizados devem seguir as mesmas recomendações de rastreamento do câncer de próstata que o restante da população masculina”, alerta o especialista.

Ainda é necessário o uso de preservativos?
Sim. A vasectomia previne a gravidez, mas não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV, sífilis, gonorreia e HPV. Além disso, o efeito contraceptivo não é imediato. “Após a cirurgia, é necessário aguardar cerca de três meses ou 20 ejaculações e realizar um espermograma para confirmar a ausência de espermatozoides no sêmen”, explica o médico. Até essa confirmação, outros métodos contraceptivos devem ser mantidos.

Escolha consciente e informada

A vasectomia é uma decisão pessoal e definitiva, que deve ser tomada com base em informações seguras e acompanhamento médico. “É fundamental que o homem busque orientação com um especialista para esclarecer dúvidas e tomar a melhor decisão para sua realidade”, conclui o Dr. Ernesto Alarcon.

Por Redação Brazil Health

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