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Queda de cabelos DISPARA com a pandemia!

Com a quarentena obrigatória e o lockdown implantados em várias cidades e Estados brasileiros foram observadas situações clínicas das mais variadas e de grande repercussão para toda a população
Entre os diferentes sintomas relatados pelas pessoas confinadas, chama a atenção o grande aumento das queixas de queda capilar.
No Instituto do Cabelo , clínica em São Paulo, especializada em recuperação capilar, o número de pacientes referindo aumento importante da queda dos cabelos cresceu 80% (oitenta por cento).
Dentro deste percentual, quem sofre mais com a perda dos fios são as mulheres entre 25 e 45 anos. Os homens não ficam atrás, embora sejam em menor número e com margem de idade mais variada que as pacientes femininas, as falhas dos cabelos aparecem mais rapidamente por apresentarem geneticamente menos fios, causando enorme preocupação.
Esta situação médica - tricológica recebe o nome de Eflúvio Telogênico e ocorre pela diminuição brusca da duração do ciclo de crescimento e queda capilar, ou seja , este ciclo que deveria durar cerca de 12 meses , passa a ocorrer em 15 a trinta dias, resultando em uma perda drástica dos fios em períodos muito curtos.
Esta doença leva ao aparecimento de falhas no couro cabeludo, rareamento dos fios e pode evoluir até a calvície.
As causas mais frequentes do Eflúvio Telogênico são a ansiedade, o estresse e a depressão. As incertezas e o medo trazidos pela pandemia do COVID19 levam a alterações emocionais que resultam em oscilações hormonais , levando à queda dos cabelos. Os fatores psicológicos provocam também uma contratura muscular do couro cabeludo, repercutindo nos nervos sensitivos e provocando dor e diminuição da circulação sanguínea que nutre a raiz dos cabelos, aumentando à perda.
Entre outros fatores causais importantes estão:
- Aumento no consumo de álcool
- Uso de drogas
- Insônia
- Falta de exposição solar
- Mudanças na alimentação e nos hábitos de higiene
Ao perceber os sinais de alerta como o excesso de cabelos no box do chuveiro, pia do banheiro, travesseiro, roupas ou teclado do computador faça uma consulta presencial com seu médico e tricologista.

Se não for possível, algumas dicas para minimizar o problema:
- Praticar meditação ou dedicar-se a um hobby para relaxar
- Evitar álcool e não consumir drogas ilícitas
- Alimentação variada e ingerir sucos de frutas e vegetais
- Fazer alongamentos musculares
- Lavar a cabeça diariamente com água morna para fria
- Praticar exercícios caseiros e tomar sol se possível
Autor: Dr. Luciano Barsanti, Diretor Médico do Instituto do Cabelo e Presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia
Por Dr. Luciano Barsanti
- CRM 38720 / SP - RQE 55958
(Especialista em Dermatologia e Médico na Brazil Health)