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Vapes: A Armadilha Silenciosa Mais Perigosa que o Cigarro
Trocar o cigarro por um vape com sabor de morango ou menta pode parecer uma escolha mais saudável. Afinal, os cigarros eletrônicos surgiram com a promessa de serem “menos nocivos”. Mas a ciência está revelando outra realidade: os malefícios do vape são tão graves quanto os do cigarro tradicional – e, quando usados juntos, os riscos podem ser ainda maiores.
Uma pesquisa recente, publicada no Journal of Oncology Research and Therapy, mostrou que quem combina vape e cigarro tem um risco quatro vezes maior de desenvolver câncer de pulmão. Em vez de reduzir danos, essa combinação forma um coquetel tóxico que agride as células pulmonares, reduz as defesas do corpo e cria um ambiente ideal para o câncer.
Mesmo isoladamente, o vape não é inofensivo. Seus vapores contêm metais pesados e compostos orgânicos voláteis que entram diretamente nas vias aéreas, causando danos celulares significativos. Quando combinado com o cigarro convencional, os danos se potencializam, aumentando ainda mais a carga de toxinas no organismo.
O impacto do cigarro eletrônico pode surgir muito antes do esperado. Estudos indicam que usuários de vape podem desenvolver câncer de pulmão até 20 anos mais cedo do que fumantes tradicionais. Para jovens que começam a usar vapes, isso significa um envelhecimento precoce dos pulmões e um risco elevado de doenças graves ainda na juventude.
No Brasil, 80% das mortes por câncer de pulmão ainda estão associadas ao cigarro convencional. Porém, a popularidade crescente dos vapes, principalmente entre os jovens, ameaça criar uma nova epidemia de doenças pulmonares. Muitos jovens iniciam com vapes, achando-os “seguros”, mas acabam combinando os dois produtos, expondo-se a riscos ainda maiores.
A ideia de que o cigarro eletrônico é uma alternativa saudável ou de redução de danos não se sustenta. A ciência é clara: misturar vape e cigarro quadruplica os riscos à saúde. Em vez de uma solução, o vape se torna uma armadilha perigosa, antecipando problemas graves, como câncer e doenças respiratórias, e comprometendo a saúde de forma ainda mais devastadora.
Dr. Guilherme Harada – CRM SP 162463
Oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês
Por Dra. Ana Maria Fagundes Sortino
- CRM 91.087 / SP - RQE 17.858
(Especialista em Dermatologia e membro na Brazil Health)
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